Seja bem-vindo(a)!

Aproveite esta oportunidade para compartilharmos informações, textos, ideias e reflexões a respeito do processo de ensino e aprendizagem.
O conteúdo deste blog é direcionado a professores, coordenadores pedagógicos e diretores de instituições públicas e particulares de ensino, além de psicopedagogos, pais e interessados na prevenção contra problemas de aprendizagem.

Pense Nisso!


Nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos
(Provérbio antigo)



sábado, 15 de junho de 2019

O SÉCULO XXI NA SALA DE AULA



Observando os fatos do cotidiano escolar, especialmente aqueles literalmente ligados a atos de destruição do patrimônio (vandalismo) e os mais graves como bullying, assédios, e nos casos mais extremos homicídios, penso ser importante discutir acerca da possível influência do contexto da sociedade atual no comportamento humano.
Todavia, conforme o tema deste texto que está exposto no título, é eivdente que as relações interpessoais no ambito da sala de aula demostram a possibilidade de estarem cada vez mais distantes daquilo que se chama EDUCAÇÃO considerando os objetivos educacionais.
Refletindo sobre a realidade contemporânea levanta-se os seguintes questionamentos: “O que está acontecendo com nossos alunos e professores?”, “Até que ponto nossos alunos estão aprendendo os conteúdos escolares?”, “Por que, ao que parece, a preocupação maior está em obter nota ao invés de realmente aprender a ler e escrever bem, por exemplo?”, “Onde estão os pilares da educação que são aprender a ser, a conhecer, a fazer, a conviver?” Estas são algumas perguntas que diante do contexto atual gera debate por conta das inúmeras hipóteses as quais podem ou poderiam respondê-las.
Há quem não concorda que comparações temporais sejam feitas, porém o passado é uma referência e jamais deve ser ignorado.
É notória a mudança rigorosa trazida pelo século XXI, o que deixa claro a necessidade de atenção e adaptação por parte de todos os envolvidos no processo educativo que vêm de épocas anteriores. Entretanto, o que dizer dos educadores os quais estão se formando na nova era que já fazem parte do quadro atual?
O comportamento humano sofreu grande e signidficativa transformação. As mudanças podem ser orginárias de conceitos e valores os quais também estão modificados. Algumas características comportamentais podem ser destacadas:
  • Pai, mãe e professor se tornaram 'você'. Alguns conseguem ter e manter autoridade, mas a maioria é tratada como 'colega', e com 'colegas' pode-se agir de qualquer maneira;
  • O quadro-negro que passou a ser verde tornou-se quase obsoleto, afinal, a era é digital e a tecnologia é o recurso mais utilizado para tudo;
  • A escola está cada vez mais sendo substituída pelo computador. Antigamente, porém não muito tempo atrás, o ensino à distância não tinha o valor que tem hoje, haja vista que é facilitador sob vários aspectos,
  • O professor, consequentemente, passou a saber menos do que o Google;
  • Os alunos apresentam-se imediatistas, impacientes, ansiosos, depressivos, desestimulados para estudo, trabalho, pois os estímulos fora dos muros escolares são mais eficazes, atraentes;
  • As pessoas, de modo geral, estão agitadas, estressadas, exigentes sobre direitos sem se importarem com os deveres;
  • A comunicação está prejudicada;
  • Hoje não há limite, tudo está em excesso;
  • A educação para o 'ser' está cada vez mais dando lugar ao 'ter'. Pensa-se que se não for assim ocorre exclusão social;
Falando ainda em educação, onde está a mediação principalmente no que se refere às crianças? Como elas estão absorvendo, entendendo, e o que estão fazendo com tantas informações?
Provavelmente, existem origens para estas e tantas outras alterações de comportamento. Cabe refletir e verificar quais são tais origens de maneira que se possa a partir delas ajustar e reajustar as relações interpessoais na escola.
Acredita-se que o maior desafio é tentar resgatar os valores e conceitos que sempre deram certo, mas, como diz o dito popular, “uma andorinha não faz verão”.




Noêmia A. Lourenço





domingo, 19 de maio de 2019

PEDAGOGIA X PSICOPEDAGOGIA X PSICOLOGIA

É comum a confusão que se faz frente às áreas Pedagogia, Psicopedagogia e Psicologia. Normalmente, as pessoas se dirigem, por exemplo, ao psicopedagogo como se fosse psicólogo. Falo por experiência própria.
Acredito que talvez a semelhança entre as duas profissões levam os indivíduos, para ser mais precisa, os clientes, a atribuírem ao psicopedagogo a mesma denominação.
Há também quem trata o psicopedagogo como se fosse professor e, como o trabalho clínico basicamente ocorre de maneira individualizada e horário diferenciado e específico, diz-se que o especialista é professor de reforço-escolar.
Todos estes conceitos fazem pensar que é a falta de conhecimento que origina a dúvida. Diante desta hipótese é importante o esclarecimento acerca das características funcionais de ambas as áreas.
Tratando-se da Psicopedagogia, vale ressaltar que o próprio nome revela que uma parte desta profissão se baseia na Psicologia e outra na Pedagogia. Todavia, a Psicopedagogia é uma especialidade no âmbito da Pedagogia. 
Quando o pedagogo após sua graduação em Pedagogia realiza o curso de pós-graduação em Psicopedagogia, pode-se dizer que sua formação é Pedagogia com especialização em Psicopedagogia seja na área clínica e/ou institucional, tornando-se pedagogo especializado clínico porque pode atuar em consultórios e institucional por trabalhar em escola.


ENTENDENDO AS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS


Falando sobre o significado de Pedagogia, Psicopedagogia e Psicologia, considera-se relevante a compreensão acerca das semelhanças e diferenças entre ambas as áreas. Neste caso, vamos refletir inicialmente a partir das semelhanças, o que podem ser origem da confusão supracitada.
Os profissionais pedagogo, psicopedagogo e psicólogo atuam em prol do desenvolvimento humano contribuindo para que haja melhor qualidade de vida no âmbito do comportamento, e ainda:
- ambos auxiliam os indivíduos a aprimorarem o conhecimento e estabelecerem relações intra e interpessoais satisfatórias;
- contribuem no sentido de potencializar as capacidades e habilidades dos indivíduos;
- trabalham atendendo pessoas tanto individual quanto coletivamente;
- estimulam o aprendizado formal e informal;
-  podem exercer a função nas áreas da saúde, educacional, social.
Falando nas diferenças pode-se dizer que estas estão no foco do trabalho de cada profissional. O pedagogo, por exemplo, tem foco na aprendizagem escolar principalmente no que tange ao aprendizado da leitura, escrita, cálculos. O foco do trabalho do psicopedagogo está nas dificuldades de aprendizagem escolar em que os alunos encontram dificuldades no processo de ensino e aprendizagem. O psicólogo atua com foco no comportamento baseado no aspecto afetivo-emocional ajudando as pessoas de maneira que possam encontrar melhores caminhos à resolução de seus problemas, ou melhor, conflitos internos e externos.
Contudo, as três áreas conectam-se entre si e oferecem subsídios uma a outra de modo que seus atendidos adquiram conhecimento , desenvolvam a inteligência emocional e a capacidade de solucionar os próprios problemas superando os obstáculos que os impedem de serem felizes.


Noêmia A. Lourenço









sexta-feira, 19 de abril de 2019

(Re) ATIVANDO O BLOG...

Se há uma palavra que faz parte do meu viver é PERSEVERANÇA. Entendo que ser perseverante é continuar firme frente aos ideais, diante dos obstáculos, diante das dificuldades, sem desistir... Assim me mantive ao longo do tempo a partir do momento em que parei de movimentar este blog por conta dos estudos. Faz muito tempo, porém estou aqui sentindo-me muito animada, motivada, estimulada a retomar as atividades voltando a compartilhar tudo o que eu acredito que possa servir de auxílio a quem precisa no campo da Educação, da Pedagogia, da Psicopedagogia e a quem mais interessar. Que sejam sempre todos muito bem-vindos!
Durante todo o tempo em que fiquei afastada, não deixei de continuar observando atentamente os fatos, os quais são inúmeros,  especialmente relacionados à Educação, sempre refletindo acerca de todos eles tanto individual quanto coletivamente, principalmente juntos aos meus alunos, haja vista que prefiro ilustrar os conteúdos teóricos com a realidade cotidiana. Praticamente todos os dias, por exemplo, a mídia transmite reportagens sobre casos escolares.
Estou me adaptando aos novos recursos tecnológicos oferecidos à estrutura deste espaço cibernético, por sinal muito bons e cada vez melhores,  porém, como mencionei no início desta postagem, perseverar é fundamental... 
Então, "bora lá" à (re) ativação do meu blog. Espero colaborar satisfatoriamente com todos os que por aqui passarem, principalmente educadores, pais, psicopedagogos, psicólogos, futuros professores etc.


Abraço carinhoso a todos 


Noêmia A. Lourenço




ORIENTANDO PAIS E PROFESSORES...

As orientações a seguir são excelentes. Elas são dirigidas aos pais, porém sugiro que os professores também as sigam adaptando-as em alguns detalhes para o trabalho desenvolvido em sala de aula.


Vale ressaltar que há pais e professores que se sentem perdidos, confusos e não sabem lidar com as dificuldades de aprendizagem de filhos e alunos.

Outra sugestão é que essas orientações sejam também aplicadas à classe como um todo, pois ao mesmo tempo em que o professor colabora com os que apresentam dificuldades de aprendizagem, junto aos demais essas poderão ser evitadas, de modo a valorizar o potencial de todos a partir da autoestima.

Ressalta-se também que é essencial a presença, a colaboração da família com a escola, especialmente no processo de ensino e aprendizagem de seus filhos.

Noêmia A. Lourenço





Orientações aos pais de crianças com dificuldades de aprendizagem:



• Usar linguagem direta, clara e objetiva quando falar com a criança;

• Utilizar frases curtas, concisas e simples ao passar instruções para realizar tarefas escolares tais como: lições e trabalhos escolares e tarefas do dia-a-dia;

• Olhar diretamente para a criança mantendo a atenção, desestimulando a dispersão e favorecendo a comunicação;

• Estabelecer um horário de estudo diário em local apropriado, longe de aparelhos eletrônicos ou alimentos;

• Possibilitar que a mesa de estudo fique próxima aos pais, favorecendo assim o diálogo, o acompanhamento das tarefas e as orientações, resolvendo dúvidas e reforçando os vínculos familiares;

• Verificar se a criança está entendendo e acompanhando o objetivo, o fundamento, a essência, o raciocínio, a explicação e os fatos a que se refere a lição;

• Verificar quais as dúvidas e como podem ser resolvidas de imediato. Explicar e repetir sempre que for preciso com exemplos diversos as respeito do que está sendo objeto da lição;

• Utilizar outras formas de explicação tais como: letras móveis, palitos para contagem, gravuras, texturas, músicas, fantoches ou softwares. Utilizar régua para leitura;

• Certificar-se de que as instruções para determinadas tarefas foram compreendidas. O que, quando, onde, como, com o quê, com quem, em que horário. Não economizar tempo para constatar se ficou realmente claro para a criança o que se espera dela;

• Observar se a criança faz as anotações de maneira correta e, se for necessário, instruí-la a ter um método de anotar correto criando estratégias para obter esse efeito;

• Reduzir a quantidade de material a ser lembrado evitando material desnecessário que possa dispersá-la;

• Utilizar cadernos de cores diferentes para as matérias, associando as cores ao conteúdo;

• Utilizar agenda e apostilas coloridas, favorecendo a atenção ao material utilizado;

• Utilizar esquemas que a ajudem a executar as atividades tais como: dicas, atalhos, jeitos de fazer, associações;

• Colocar em seu quarto um quadro de avisos para que a criança coloque as datas de tarefas, provas, festividades e outros compromissos;

• Observar se está socialmente integrada e prioporcionar atividades que a integrem ao grupo social;

• Acreditar que é possível a aprendizagem.

Marci Tereza A. de Araújo – Psicopedagoga do espaço Psicossocial da AFAM



Fonte:

Boletim Informativo da AFAM (Associação Fundo de Auxílio Mútuo dos Militares do estado de são Paulo) – Ano VIII – nº 56 – junho/julho de 2009 – p. 8

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

terça-feira, 24 de julho de 2012

MENINOS X MENINAS: DIFERENTES NO BRINCAR?


COISA DE CRIANÇA?

Predileção de meninos por itens do universo feminino faz parte do crescimento infantil
Veja como os pais devem lidar com essa situação
Brinquedo ajuda a criança a desenvolver habilidades

Meninas brincam de bonecas e meninos gostam de carrinhos, certo? Mas, se o interesse de uma criança foge desse padrão, tido pela sociedade como normal, não é preciso se preocupar.
A predileção de meninos por artigos do universo feminino é comum até aproximadamente os oito anos de idade – época em que a criança ainda não entende os valores sociais.
“Esse interesse é normal e não quer dizer que ele tenha uma tend~encia homossexual, mas sim que é curioso e que deseja conhecer o que o rodeia. É por meio da brincadeira que a criança desenvolve suas habilidades físicas e motoras”, explica Teresa Ferreira, psicopedagoga da Unifesp.
Respeitar a criança e participar da brincadeira com naturalidade são as recomendações da especialista para os familiares. “Geralmente os pais têm mais dificuldade para lidar com essa realidade do que as mães. Punir não é a solução, pois na escola o menino também terá acesso aos mesmos objetos”, diz Teresa.
A curiosidade da criança também é determinada pelos exemplos que recebe em casa. Se hoje o pai participa das tarefas domésticas, é normal que seus filhos sigam o modelo, o que é positivo futuramente para a criança.

MENINO BONECA

Para  especialistas, os pais não devem reprimir ou brigar com os meninos que apresentam algum interesse por brinquedos ou itens tipicamente femininos, como bonecas e artigos de casinha.
“Independentemente  do objeto usado, a brincadeira estimula o desenvolvimento da criança. Os pais devem participar da brincadeira, e não proibi-la, pois o interesse por itens femininos é normal durante a infância, até os sete e oito anos de idade”, diz Teresa.
O exemplo dos pais é um dos fatores que influenciam o intetresse do menino. Uma alternativa é introduzir à rotina da criança atividades masculinas. “O contato do pai com o filho é importante. Como muitas vezes isso acontece com pouca frequência em algumas famílias, recomendo que esse contato seja intensificado nos finais de semana, por exemplo”, diz a psicopedagoga.

MENINA MOLECA

Jogar futebol ou subir em árvores também não são brincadeiras só de meninos. “Hoje as escolas incentivam a prática de esportes para as meninas, inclusive modalidades tradicionalmente masculinas. E isso não quer dizer que elas perderão sua feminilidade, principalmente se a criança gosta do que está fazendo”, explica Teresa.

HORA DE BRINCAR

Além de divertir a criança, o brinquedo pode ser um objeto de aprendizado. Durante a brincadeira, o pequeno desenvolve a fala, conhece formas geométricas, cores e números de forma lúdica.
Ao receber diferente estímulos, seja na escola, seja em casa ou numa brincadeira, a criança assimila informações com mais facilidade. Filmes e livros também ajudam no desenvolvimento infantil.

Indicação de filmes que reforçam o tema aqui discutido:

O filme francês “Minha Vida em Cor-de-Rosa”, de Alain Bertiner, conta a história de Ludovic, um menino que acredita ser uma menina e lida com a rejeição dos pais e amigos.

Em “Tomboy”, longa francês de Celine Scianma, Laurie passa a se vestir e agir como um menino.

Brinquedos recomendados por faixa-etária:

0 a 12 meses – Brinquedos coloridos, sonoros e de fácil manipulação
1 a 3 anos – brinquedos que estimulem a locomoção e equilíbrio. Brinquedospara empurrar e puxar, blocos para empilhar e encaixar, bonecos grandes, triciclo, peão
3 a 5 anos – Brinquedos que estimulem a fantasia. Livros de histórias ilustrados, massinha de modelar, fantoches, jogos de montagem, fantasias e livros para pintar
5 a 7 anos – Brinquedos que estimulem a alfabetização. Livros com textos curtos, quebra-cabeça, bonecas e carrinhos menores
7 a 10 anos – Atividades mais complexas e que envolvam o raciocínio lógico. Kits de profissões, como mecânico ou médico, skate, patins, bicicleta, pipa e jogos com regras mais complexas


Fonte: Jornal Metro São Paulo – sexta-feira, 11 de maio de 2012 – Marianna Pedrozo

segunda-feira, 23 de abril de 2012

CUIDANDO DA FALA, APRENDENDO E BRINCANDO


TRAVA-LÍNGUA


Sugestão de atividade para desenvolver de forma lúdica a capacidade de se comunicar com clareza por intermédio da fala. 
O trava-língua é um jogo de palavras, versos, frases e sons com pronúncias difíceis que auxilia no tratamento fonoaudiológico,  psicopedagógico e no aspecto pedagógico nas escolas. Pode também ser utilizado  no ambiente familiar e social. Qualquer pessoa pode ‘brincar’ de trava-língua.
Na escola, por exemplo, o professor pode promover desafios em grupos com pontuação estimulando a socialização, identificação de rimas e a correta pronúncia das palavras. O trava-língua é também um grande aliado na aprendizagem da leitura e escrita.
É interessante que o trava-língua seja dito de maneira rápida. No início a expressão pode ser lenta e, posteriormente, a ‘brincadeira’ se tornará muito mais divertida.
Abaixo há alguns exemplos extraídos de um forro de bandeja da rede de lanchonetes Mc Donald’s. 
Divirta-se!




           1
É CROCOGRILO? É COCODRILO?
É COCRODILO? É COCODILHO?
É CORCODILHO? É CROCRODILO?
É CROCODILHO? É CORCRODILO?
É COCORDILO? É JACARÉ?
SERÁ QUE NINGUÉM ACERTA?
O NOME DO CROCODILO MANÉ? 


          2
MARIA-MOLE É MOLENGA.
SE NÃO É MOLENGA,
NÃO É MARIA-MOLE.
É COISA MALEMOLENTE,
NEM MALA, NEM MOLA,
NEM MARIA, NEM MOLE.


         3
UM NINHO DE MAFAGAFAS
TINHA SEIS MAFAGAFINHOS.
TINHA TAMBÉM MAGAFAÇAS,
MAÇAGAFAS, MAÇAFINHOS,
MAFAFAGOS, MAGAÇAFAS,
MAÇAFAGAS, MAGAFINHOS.
ISSO ALÉM DOS MAGAFAFOS
E DOS MAGAFAGAFINHOS.


        4
O DESINQUIVINCAVACADOR
DAS CARAVELARIAS
DESINQUIVINCAVACARIA
AS CAVIDADES
QUE DEVERIAM SER
DESINQUIVINCAVACADAS.


        5
TINHA TANTA TIA TANTÃ.
TINHA TANTA ANTA ANTIGA.
TINHA TANTA ANTA QUE ERA TIA.
TINHA TANTA TIA QUE ERA ANTA.


        6
O TEMPO PERGUNTOU PRO TEMPO
QUAL É O TEMPO QUE O TEMPO TEM.
O TEMPO RESPONDEU PRO TEMPO
QUE NÃO TEM TEMPO 
PRA DIZER PRO TEMPO
QUE O TEMPO DO TEMPO
É O TEMPO QUE O TEMPO TEM.


        7
É UM DEDO, É UM DADO, É UM DIA.
É UM DIA, É UM DADO, É UM DEDO.
É UM DEDO, É UM DIA, É UM DADO.
É UM DADO, É UM DEDO, É UM DIA.
É UM DIA, É UM DEDO, É UM DADO.
É UM DADO, É UM DIA, É UM DEDO.


         8
OLHA O SAPO DENTRO DO SACO,
O SACO COM O SAPO DENTRO,
O SAPO BATENDO PAPO
E O PAPO SOLTANDO O VENTO.


         9
TRÊS PRATOS DE TRIGO
PARA TRÊS TIGRES TRISTES.


                  
        10
A LONTRA PRENDEU A TROMBA DO MONSTRO DE PEDRA
E A PRENDA DE PRATA DE PEDRO, O PEDREIRO.


        11
FEIJÃO, MELÃO, PINHÃO, MAMÃO.
MEIJÃO, MALÃO, FEINHÃO, PIMÃO.
PIJÃO, FEILÃO, MANHÃO, MEMÃO.
MAJÃO, PILÃO, MENHÃO, FEIMÃO.


        12
O DOCE PERGUNTOU PRO DOCE
QUAL É O DOCE MAIS DOCE
QUE O DOCE DE BATATA-DOCE.
O DOCE RESPONDEU PRO DOCE
QUE O DOCE MAIS DOCE QUE
O DOCE DE BATATA-DOCE
É O DOCE DE DOCE DE BATATA-DOCE.


        13
PAGA O PATO, DORME O GATO,
FOGE O RATO, PAGA O GATO,
DORME O RATO, FOGE O PATO,
PAGA O RATO, DORME O PATO, 
FOGE O GATO.




       14
A SÁBIA NÃO SABIA
QUE O SÁBIO SABIA
QUE O SABIÁ SABIA
QUE O SÁBIO NÃO SABIA
QUE O SABIÁ NÃO SABIA
QUE A SÁBIA NÃO SABIA
QUE O SABIÁ SABIA ASSOBIAR.


       15
DISSERAM QUE NA MINHA RUA
TEM PARALELEPÍPEDO FEITO
DE PARALELOGRAMOS.
SEIS PARALELOGRAMOS
TEM UM PARALELEPÍPEDO.
MIL PARALELEPÍPEDOS
TEM UMA PARALELEPIPEDOVIA.
UMA PARALELEPIPEDOVIA
TEM MIL PARALELOGRAMOS.
ENTÃO UMA PARALELEPIPEDOVIA
É UMA PARALELOGRAMOLÂNDIA?


        16
SE A ARANHA ARRANHA A RÂ,
SE A RÃ ARRANHA A ARANHA,
COMO A ARANHA ARRANHA A RÃ?
COMO A RÃ ARRANHA A ARANHA?
             
        17
LALÁ, LALÉ E LILI
E SUA FILHAS
LALALÁ, LELELÉ E LILILI
E SUAS NETAS
LALELÁ, LELALÉ E LILELI
E SUAS BISNETAS
LILELÁ, LALILÉ E LELALI
E SUAS TATARANETAS
LALELI, LILALÉ E LELILÁ
CANTAVAM EM CORO
LALALALALALALALALÁ.


      18
NÃO CONFUNDA
ORNITORRINCO COM
OTORRINOLARINGOLOGISTA,
ORNITORRINCO COM ORNITOLOGISTA,
ORNITOLOGISTA COM OTORRINOLARINGOLOGISTA,
PORQUE ORNITORRINCO
É ORNITORRINCO,
ORNITOLOGISTA É ORNITOLOGISTA
E OTORRINOLARINGOLOGISTA É
OTORRINOLARINGOLOGISTA.


      19
UM GREGO É GAGO,
OUTRO GROGUE É GAGÁ.
TEM UM GREGO GAGÁ
E UM GROGUE GAGO.
TEM TAMBÉM
UM GREGO GROGUE
E UM GAGO GAGÁ.


      20
SABENDO O QUE SEI
E SABENDO O QUE SABES
E O QUE NÃO SABES
E O QUE NÃO SABEMOS,
AMBOS SABEREMOS
SE SOMOS SÁBIOS, SABIDOS
OU SIMPLESMENTE SABEREMOS
SE SOMOS SABEDORES.


      21
PEDRO TEM O PEITO PRETO.
O PEITO DE PEDRO É PRETO.
SE O PEITO DE PEDRO É PRETO,
O PEITO DO PÉ DE PEDRO É PRETO?


      22
LARGA A TIA, LARGATIXA!
LAGARTIXA, LARGA A TIA!
SÓ NO DIA EM QUE SUA TIA
CHAMAR LARGATIXA
DE LAGARTIXA!


      23
MEFISTÓFELES FELESTOFISME
FEZ COM QUE TOMELESFISSE OS
LESFEMEFISTOS E OS
FISFEMETOLES COM OS
FEMETOFISLES E OS TOLESMEFIFES.
FOI DAÍ QUE NASCEU UM
METOFISFELES FELESTOFISMEZINHO.
       



domingo, 29 de janeiro de 2012

TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM


25/01/2012 - 08h30
Saiba identificar se seu filho tem transtorno de aprendizagem
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JULIANA CUNHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


Enquanto os alunos ainda estão de férias, a educadora Nadia Bossa dá aulas à distância para ensinar os professores a lidar com as novas dificuldades das crianças nas salas de aula.
Doutora em psicologia e educação pela USP e pesquisadora da Universidade de Turim, Bossa conta como os pais podem saber e o que fazer quando os filhos têm transtornos de aprendizagem.


*
Folha - Como os pais podem identificar o transtorno?
Nadia Bossa - Sugiro que façam uma espécie de laboratório com os filhos. Não é preciso aplicar uma prova em casa, mas colocar a criança diante de situações que exijam raciocínio matemático, interpretação de texto ou habilidades motoras [veja abaixo].
Serve para acender um sinal de alerta. Se o sinal obtido for vermelho, é preciso procurar ajuda de um psicólogo, psicopedagogo ou de um neuropediatra.


O professor sabe quando o aluno tem algum transtorno?
É difícil que o professor não saiba que algo vai mal. O que acontece mais frequentemente é o professor ver que o aluno tem dificuldade e tentar aplicar os métodos tradicionais, que funcionam muito bem em crianças sem transtornos de aprendizagem, mas não com as que têm o problema.


O problema está aumentando ou há uma banalização do diagnóstico?
Há as duas coisas. Existem diagnósticos precipitados e malfeitos e até pais que decidem que a criança tem uma coisa que nenhum médico disse que ela tinha, mas o problema de fato é crescente. Hoje as pesquisas apontam que algo entre 5% e 10% dos alunos apresentam algum transtorno específico da aprendizagem.


Por que esses transtornos estão crescendo?
Parece que é por conta de um tipo de criação que prioriza o desenvolvimento de algumas habilidades e negligencia outras.
A rotina das crianças é muito privada de atividades motoras mais amplas. Elas não correm na rua. Hoje, o brinquedo faz tudo, a criança só olha ele dançar, piscar luzinhas. O brinquedo faz coisas demais e a criança termina por fazer coisas de menos.
Antes elas montavam a casinha, separavam os objetos, eram atos classificatórios, era interação com objetos reais, desenvolvia noção de espaço.


Brincar no iPad, por exemplo, não pode desenvolver novas habilidades?
Sim, mas elas não são as mesmas necessárias nas tarefas acadêmicas. O excesso de uso de tablets e computadores acaba atrofiando justamente as habilidades que serão exigidas no início da vida escolar: habilidades motoras, criatividade produtiva, manusear materiais e construir coisas a partir deles. O excesso de contato com iPads, computadores e videogames gera na criança uma dificuldade em equilibrar a atenção difusa e a atenção concentrada.


Mas essas tecnologias estão também na sala de aula...
A escola pode ser um ambiente tecnológico, nada de errado com isso desde que ela valorize o desenvolvimento físico com a mesma atenção. O que vem acontecendo é que tanto em casa quanto na escola todos se esquecem de que a criança tem um corpo e que esse corpo precisa aprender coisas, precisa se exercitar tanto quanto o cérebro.


Transtorno de aprendizagem é doença? Tem tratamento?
Não é uma doença, é um tipo de funcionamento cerebral diferente que nós tratamos com uma espécie de "fisioterapia cerebral", que são atividades, jogos e desafios específicos para desenvolver as áreas em que a criança encontra mais dificuldade.
Frequentemente precisamos tratar com uma equipe multidisciplinar, com neurologista, psicólogo e psicopedagogo. Quem procura ajuda até a criança chegar aos oito anos provavelmente vai conseguir resolver o problema.




Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1038920-saiba-identificar-se-seu-filho-tem-transtorno-de-aprendizagem.shtml (29/01/2012)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

PEDRO BANDEIRA NA REDE TV


ENTREVISTA COM PEDRO BANDEIRA – REDE TV


Na semana passada tive a oportunidade de ver uma entrevista do escritor brasileiro infanto-juvenil Pedro Bandeira na Rede TV. Foi muito gratificante. Segundo ele, “educação se aprende errando e é função da família”, e pode-se agregar nesse processo a vasta contribuição literária. Outra colocação que considero fundamental tratando-se das dificuldades de aprendizagem foi sobre a aprendizagem da leitura: o sujeito, no caso, a criança diz “não gosto de ler” porque “não sabe ler nem compreender”. Falou ainda que os adultos também apresentam o mesmo comportamento e todos, crianças, jovens e adultos, evitam falar “não sei” substituindo por “não gosto”.
Aproveitando o início de mais um ano letivo é importante refletir e discutir com pais, professores e todos os demais envolvidos com Educação e Aprendizagem da Leitura e Escrita sobre as ideias aqui compartilhadas. 
Fica aí uma sugestão, ok?...Abraço a todos....

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

"PROFESSORES E ESCOLAS COM PROBLEMAS" x SUPERAÇÃO

LUZ NO QUADRO NEGRO
Texto: Ana Luísa Vieira


Ao ser alfabetizada, Cybele ouviu barbaridades das professoras. Virou educadora para que outras crianças não passassem pelo mesmo. E transformaou o ensino de uma das regiões mais pobres da Bahia

 A FALA MANSA DE CYBELE AMADO, de 44 anos, comprova que não é preciso gritar para promover uma revolução. A ineficiência da agressividade. Aliás, é algo que ela conhece desde os primeiros anos de escola, em Salvador. “Quando aprendi a letra S, havia uma cobra desenhada na cartilha. Perguntei à professora se cobra não era com C, e ela berrou: ‘Você só precisa copiar! Assim nunca vai aprender a escrever!’”.
Diagnosticada com dislexia leve, distúrbio que fazia confundir algumas letras, Cybele se acostumou a receber no caderno mensagens do tipo “TUDO ERRADO!”. Mas, com a ajuda de uma psicóloga e da mãe, o possível trauma revelou-se vocação.
Já na 8ª série, Cybele descobriu que seria professora, e que usaria métodos bem diferentes daqueles que experimentou no primário. Numa viagem à Chapada Diamantina, conheceu um povoado com péssimas condições de ensino. Decidiu que aquele era seu lugar. Trocou o conforto da capital por uma casa sem energia elétrica. E com ternura, conhecimento e empenho transformou o ensino público da região. O Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (Icep), por ela fundado, atende a 22 cidades da área central da Bahia, onde, em 2005, apenas 11% das crianças de até 8 anos sabiam ler e escrever. Hoje, o índice é de 80%.
Como as professoras viam sua dislexia?

Cybele – Elas não entendiam minha dificuldade. Para elas, era incompreensível que criança não aprendesse pelo método de juntar o B + A = BA, repetindo e repetindo. Até o dia em que minha mãe procurou uma psicóloga para me ajudar.
Qual tipo de apoio você recebeu?

Cybele – Toda noite, antes do jantar, minha mãe, que não terminou o Ensino Médio, reunia os seis filhos e lia Monteiro Lobato, Jorge Amado... Meu pai, caminhoneiro, ajudava na matemática. Repeti de ano uma vez e me lembro de uma sessão com a psicóloga. Ela me mostrou uma borracha, maleável, e uma prancheta, rígida. Perguntou como eu queria ser. Optei pela borracha.
Quando teve certeza de sua vocação?

Cybele – Na 8ª série, fui chamada para dar aula de reforço de matemática. Era divertido: usava os problemas do cotidiano para mostrar as operações, reunia a turma no pátio para estudar. Meus pais sempre falaram: “Quem não vive para servir não serve para viver”.
Esse lema te impulsionou?

Cybele – Tenho uma certeza visceral de que, em grupo, podemos mais. Acredito no método construtivista, que vê a criança como sujeito e estimula seus pensamentos. Aprendi que o ensino só acontece quando olhamos nos olhos dos dos alunos. O poder não pode estar centralizado no professor. Cheguei a montar uma escola baseada nesses princípios antes de ir para a Chapada Diamantina.
Como você descobriu a região?

Cybele – Passei um Carnaval lá. Voltei chorando, sem entender o abandono das escolas, e prestei concurso público para dar aula ali. Quando passei, fiquei radiante. Aos 23 anos, mudei para uma casinha onde nem sequer tinha energia elétrica, no distrito de Caeté-Açú, de menos de mil habitantes, na cidade de Palmeiras, a 480 quilômetros de Salvador.
E como começou a atuar?

Cybele – Dava aulas no Ensino Fundamental. Todos os alunos eram mais velhos que a faixa etária natural. Levei meus livros e discos. Fiz um concurso de poesia. Aos poucos, fui ganhando a confiança deles.
E a relação com os professores?

Cybele – Nós nos reunimos para discutir os problemas e pensar em planos de aula. Em 1996, nos inscrevemos no programa Crer para Ver, da Natura. Conseguimos apoio para que 70 professores fizessem cursos nos fins de semana, por dois anos. Estudávamos as boas práticas na sala de aula. Não se pode pensar que os alunos são caixas vazias nas quais podemos colocar o que bem entendemos. Eles precisam interpretar o que recebem. A evasão caiu, e a vizinhança quis replicar a ideia. Nosso trabalho se espalhou por 12 municípios.
Que novas práticas foram adotadas?

Cybele – Em uma aula de história, por exemplo, trouxemos um senhor de 88 anos que contou sobre os anos difíceis da Chapada. Durante a narrativa, fomos relacionando o relato a grandes fatos históricos. Também nos preocupamos em incentivar a leitura. Os professores passaram a oferecer livros aos meninos maiores para que escolhecem, lessem e os recomendassem aos colegas. Os menores interpretam o texto sentados em roda. Instigamos as crianças a perguntar e a ter vontade de obter respostas.
Assim nasceu o instituto?

Cybele – Foram os primeiros passos. Em 2000, enviamos novamente uma proposta para o Crer para Ver e realizamos novos cursos. Em 2006, fundamos o Instituto Chapada para coordenar o projeto.
Quais os números atuais?

Cybele – Já atingimos mais de 4 mil professores e 85 mil alunos de 22 municípios. Temos os três melhores Idebs (Índice de Desenvolvimento de Educação Básica) de toda a Bahia.
Qual a maior recompensa do projeto?

Cybele – Ver os meninos crescer. A Fernanda, por exemplo, filha de agricultores, acabou de entrar na Universidade Federal da Bahia. Acertou 80% da prova de língua portuguesa no vestibular, vai cursar letras. É gratificante demais. Para mim, a fé é a crença de que, juntos, podemos mudar tudo o que queremos.

 Para saber mais sobre o Icep, acesse: http://www.institutochapada.org.br

 Fonte: Revista Sorria* - Para Ser Feliz Agora – ed. 19 – ano 4 – abril/maio 2011– Editora MOL


terça-feira, 30 de agosto de 2011

PSICOMOTRICIDADE É ESSENCIAL...


A Psicomotricidade Como Pré Requisito Ao Processo De Alfabetização


Autor: Angela'>http://www.artigonal.com/authors/69898">Angela Adriana de Almeida Lima

Psicomotricidade é uma prática pedagógica que objetiva colaborar para o desenvolvimento global da criança no processo de ensino-aprendizagem, proporcionando os aspectos físicos, mental, e sócio-cultural, visando coerência com a realidade dos educandos. É a capacidade de coordenar os movimentos pressupondo o exercício de múltiplas funções psicológicas, motoras, de memorização, atenção, observação, raciocínio, discriminação, etc.  O entendimento dos processos relacionados à motricidade  é de suma importância para o planejamento pedagógico e psicopedagógico, centrado no desenvolvimento do aprendiz. Várias crianças tem apresentado deficit de aprendizagem devido á ausência de trabalhos focando certas habilidades necessárias a este avanço. Neste caso é necessário o apoio de um Psicopedagogo, que fará o diagnóstico e certamente, indicará a melhor maneira de se trabalhar com estas crianças. Todavia, este quadro pode ser evitado, se as Instituições responsáveis pela Educação Infantil adotarem o "brincar" como recurso necessário e diário em seus planejamentos.

A criança que anda sobre uma linha no chão; pula pneus, corda, amarelinha; rasteja; corre; engatinha; encontra objetos escondidos; percebe diferenças entre o cenário anterior e o atual; participa de atividades de musicalização; canta; dança; brinca de roda, de cabra cega, de passar anel, de baliza, de pique-pega, de pique-esconde, de pique-cola, de macaco disse, de Maria viola, etc... dificilmente apresentará dificuldades no processo de alfabetização. Os tradicionais rabinhos de porco e pontilhados dão lugar ao brincar com função pedagógica, andar sobre o rabinho de porco, desenhar no chão e observar seu desenho e os desenhos dos colegas. Ainda, adquirir ritmo através da musicalização, esquerda / direita, em cima / em baixo, fino / grosso, alto / baixo, grande / pequeno e tantas outra habilidades que possibilitam um rápido entendimento do processo de escrita e da leitura. Movimentos de pinça (pegar objetos com a ponta dos dedos), soprar canudinhos (bolinha de sabão), confeccionar pipas e brinquedos, rasgar e embolar papéis, reconhecimento de partes do seu corpo (macaco disse), favorecem o pegar no lápis e nos demais objetos escolares, estimulam o traçado das letras e a observação das diferenças entre b e d, por exemplo.

As trocas de V por F, D por T, podem ser evitadas desenvolvendo atividades que estimulem a percepção auditiva das crianças. Essas atividades possibilitam também a socialização dos educandos, respeito à sua vez, e às regras das atividades, disciplina e cooperação. A criança que tem o previlégio de fazer parte de uma Educação Infantil que enfatize as brincadeiras em seus planejamentos, certamente não encontrará dificuldades no processo de alfabetização, pois aprendeu de forma concreta, aquilo que no tempo certo irá colocar no papel. Em controvérsia, quando esta fase não é trabalhada, os danos se estenderão por boa parte - ou toda - a vida escolar da criança. A alfabetização pode e deve ser trabalhada na Educação Infantil, desde que isto aconteça de forma lúdica respeitando a idade e o tempo da criança.
/educacao-infantil-artigos/a-psicomotricidade-como-pre-requisito-ao-processo-de-alfabetizacao-693866.html

Perfil do Autor

Formada em Magistério Graduada em Pedagogia com Supervisão Escolar; Especialista nas áreas de Psicopedagogia Institucional; Docência Universitária e Inspeção Escolar.Trabalho como professora de Ensino Fundamental nas redes Estadual e Municipal,ministro minicursos e palestras com os temas Respeitando e Convivendo Com as Diferenças e Bullying em diversos contextos sociais.
www.angelaadriana.com.br>   

Fonte: http://www.artigonal.com/

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O BOM DESEMPENHO DA ESCOLA II

ENSINAR E APRENDER
A ajuda do professor-coordenador é essencial para que os docentes tenham possibilidade de crescer e se desenvolver profissionalmente

O professor precisa considerar os alunos como seres únicos e perceber que existe uma grande diferença entre ensinar e aprender. Esse é o ponto de partida para que se faça uma avaliação eficiente da aprendizagem, na opinião da pedagoga Raquel Brunstein, pesquisadora e coordenadora da área de Escola do CENPEC (Centro de Pesquisas para Educação e Cultura). Na entrevista a seguir, ela mostra como a análise do desempenho dos alunos pode ser útil para a diversificação do trabalho em sala de aula e para a busca de capacitação.

Por que é difícil, para a maioria dos professores, avaliar seu trabalho a partir do desempenho apresentado pelos alunos?

Para muitos professores, existe uma relação direta entre o que ensinam e o que é aprendido. Por isso, cobram do aluno exatamente o que ensinaram. Eles não percebem que os estudantes são seres que possuem histórias de vida diferentes e modos de aprender distintos. Quando o docente leva em consideração somente o conteúdo dado como referência para avaliar a aprendizagem, ele pode concluir que os alunos não são capazes de aprender. Então, sente-se frustrado, pois não percebe que a informação chegou aos alunos de diferentes formas.

Como o professor pode perceber, no dia-a-dia, se cada um de seus alunos está aprendendo?

Os alunos estão sempre aprendendo e avançando, em função do conhecimento que já possuem. Por isso, é muito importante observá-los, conhecê-los e saber ouvi-los. O professor deve estabelecer uma rotina de trabalho e adotar, por exemplo, um caderno de anotações, onde possa registrar como são todas as crianças e quais suas dificuldades e progressos. Dividindo quarenta alunos em cinco grupos, ele pode avaliar oito por dia. Após percorrer toda a classe, o professor volta ao primeiro grupo e, em seu caderninho, faz novos diagnósticos e comparações. Assim, vai atribuindo conceitos aos alunos e os avaliando.

Ao mesmo tempo em que faz essa avaliação contínua, de que maneira o professor pode diversificar seu trabalho para permitir que todos aprendam?

Se 30% dos estudantes de uma classe já assimilaram um determinado conteúdo, o professor vai criar um problema disciplinar se propuser que todos voltem ao mesmo assunto. Por isso, é essencial diversificar o trabalho em sala de aula. O professor pode propor aos mais adiantados tarefas para serem desenvolvidas nos cantinhos da classe, onde materiais pedagógicos referentes às disciplinas estão disponíveis, ou na biblioteca. Mas esse trabalho deve ser significativo e passar por avaliação. Enquanto isso, o professor deve propor novas atividades para que o restante dos alunos assimile o conceito já ensinado.

Como o professor-coordenador pode ajudar os docentes a transformar as dificuldades que sentem em sala de aula em caminhos para buscar sua capacitação?

É na troca de experiências com os pares que o docente vai aprender. Por isso, as HTPs (HTPCs)* devem ser planejadas como momentos de crescimento pr0ofissional para toda a equipe. Cabe ao professor-coordenador criar um clima favorável para que os docentes façam uma avaliação de seu trabalho. Quando o professor mostra o mau desempenho de sua classe, ele está se expondo, sentindo-se fracassado, o que não é fácil. Ele só fará isso se souber que alguém vai ajudá-lo. Identificadas as dificuldades dos docentes, o professor-coordenador deve buscar soluções, pesquisando e apresentando bibliografias e vídeos para discussão. As limitações dos professores em sala de aula podem ser, também, pontos de partida para cursos de capacitação promovidos pelas oficinas pedagógicas. E aí se incluem os professores-coordenadores, que não são seres oniscientes e também precisam estar constantemente se aperfeiçoando.

Raquel: “É importante observar os alunos, conhecê-los e saber ouvi-los”.



Fonte: Texto extraído do Jornal Escola Agora Aprendendo sempre. Ano II – nº 10 – abril 1997 – Secretaria de Estado da Educação – São Paulo. p. 3



*Observação da Proprietária do blog



O BOM DESEMPENHO DA ESCOLA I

CONSELHO DE AMIGO
A cada bimestre, os professores devem avaliar o ensino que a escola está ministrando, e não apenas o desempenho individual dos alunos


O primeiro Conselho de Classe e Série do ano marca o momento de avaliar o trabalho realizado no bimestre. Direção, professores e professor-coordenador devem-se reunir para analisar o desempenho das classes e determinar formas de sanar possíveis falhas. Sonia Teresinha de Sousa Penin, professora titular de Didática da Faculdade de Educação da USP e responsável pela Coordenadoria de Ensino da Região Metropolitana da Grande São Paulo (COGSP), e Arlete Scotto, pedagoga e delegada da 14ª Delegacia de Ensino, dão, a seguir, sugestões para que a equipe escolar torne o Conselho um meio de alcançar a melhoria da qualidade de ensino.

Mudar o foco da avaliação do individual para o coletivo:

A classe deve ser avaliada como um todo, e não os casos particulares de alunos. O professor não pode estar satisfeito se 25% dos alunos vão muito bem, 50% se encontrem na média e “apenas” 25% estejam indo mal. Todos os alunos devem estar aprendendo em uma sala de aula. Cabe à escola definir as estratégias para que as dificuldades de um grupo específico de alunos sejam superadas.

Avaliar o ensino, não apenas a aprendizagem:

O tema principal da reunião é a qualidade do ensino ministrado, relacionada aos resultados obtidos pelas classes, e não as notas alcançadas pelos estudantes. O trabalho desenvolvido em sala de aula deve ser analisado, inclusive a prática da avaliação. Relativize o papel das provas bimestrais somando-as a outros instrumentos, em função do aprendizado do aluno.

Procurar objetividade:

É fundamental afastar preconceitos que possam interferir na avaliação. Os resultados obtidos pelos estudantes em termos do domínio de conteúdos e habilidades devem ser analisados sem estigmatizá-los por suas características comportamentais, físicas, raciais ou socioeconômicas.

Contribuir para a dinâmica do Conselho:

O professor-coordenador e o diretor, responsáveis pela preparação da reunião, deverão montar gráficos ilustrando o desempenho das classes nas diferentes disciplinas, o que pode estimular as comparações. Os debates ficarão mais ricos com o relato de casos estudados em conselhos anteriores ou em pesquisas que tiveram como objeto de estudo as escolas da Rede. A colaboração do supervisor pode ser útil na análise da situação da escola.

Estabelecer estratégias de mudança:

Ao final da reunião, a equipe deve estar ciente de que o problema da não-aprendizagem é da instituição Escola, e não do aluno. O segundo passo é admitir suas deficiências e determinar o tipo de capacitação que necessita. Cabe aos docentes sugerir temas para as próximas reuniões de HTP (hoje HTPC)* e propor projetos de reforço e recuperação. O grupo deve determinar formas para aprimorar os instrumentos de avaliação, alterar as sitemáticas de trabalho e diversificar os recursos utilizados em sala de aula.

Preparar-se para a reunião de pais:

O Conselho é um bom momento para planejar a reunião de pais. Nas escolas onde a estratégia escolhida é a de professores-coordenadores para as classes, a reunião é a melhor oportunidade para conhecer a fundo o desempenho dos alunos e tornar-se apto para esclarecer as dúvidas dos pais. As famílias devem não apenas receber as médias alcançadas pelos filhos, como também ser informadas sobre a forma de ajudá-los em casa e sobre as ações da escola para sanar falhas detectadas. É essencial que o diretor e o professor-coordenador participem da reunião, apresentando aos pais o projeto da escola e seus objetivos e ressaltando a importância de sua participação para o sucesso escolar do aluno.





Fonte: Texto extraído do Jornal Escola Agora Aprendendo sempre. Ano II – nº 10 – abril 1997 – Secretaria de Estado da Educação – São Paulo. p. 1




*Observação da Proprietária do blog