Sempre fui uma profissional dedicada. Durante os quase 30 em que lecionei Ciências, Biologia, Biologia Educacional, Anatomia e Fisiologia Humanas, e outras matérias, de acordo com o curso assumido, sempre procurei motivar os alunos, mostrar-lhes aspectos diferentes dos estudos, e minhas aulas sempre foram muito movimentadas, cheias de novidades e fiz coisas de que nem eu mesma me lembrava.
Foi preciso que ex-alunos me escrevessem lembrando-me das minhas corridas de baratas, criações de bicho de seda, estudos de formigueiros e minhocários, observação continuada de caramujos, cobras que comiam outras, dessecação de sapos, estágios em maternidades, atividades praticas de puericultura, etc. etc. etc.
A criação de bicho da seda que propus aos alunos foi algo que movimentou a comunidade. Foram mais de mil larvas alimentadas, foram todas as amoreiras do bairro desfolhadas, centenas de casulos espalhados pela sala, milhares de metros de fios enrolados e algumas peças tecidas em tricô ou crochê como os fios de bichos da seda criados pelos alunos.
Criamos e cuidamos de Limneias (caramujo) comuns em hortas de alface e conseguimos observar por várias semanas o seu comportamento, alimentação, reações...
Criamos cobras para observar sua alimentação, colocamos sapos na sua “casa” de vidro e a surpresa foi que uma delas desdenhou seu alimento natural, o sapo, para comer a outra cobra. Em uma manhã, em vez de duas cobras encontramos uma só, com o rabo da outra ainda na boca.
Observamos protozoários ao microscópio, desenhamos e estudamos vermes, dissecamos minhocas causando surpresa ao encontrarem tanta coisa onde só esperavam terra. Observamos baratas em suas corridas atraídas por alimentos.
Um estágio em uma maternidade deu às alunas do curso Normal subsídios para seus dias futuros e também fez aflorar o sentimento de solidariedade com mães carentes e seus filhos recém natos.
E muitas, muitas coisas interessantes.
Mas, atingi o auge da minha carreira profissional ao elaborar um método próprio de ensinar Ciências. Era um trabalho dinâmico, um misto de estudo dirigido, pesquisas bibliográficas, experiências, discussões, organização metodológica, auto e hetero avaliações.
Eu o denominei “Programação Dinâmica de Estudos para Ciências” e tinha como lema uma frase de Roger Cousinet “Quanto menos se é ensinado mais se aprende; porque, ser ensinado é receber informações e aprender é procurá-las”.
Tinha toda uma fundamentação didática elaborada pela colega Arlete Pizão e foi impressa pelo Colégio Campos Salles. Tenho até direitos autorais do MEC sobre elas.
Só foi usada por mim porque tinha como pré-requisitos salas especiais de trabalho, biblioteca e materiais específicos. Quando me propuseram fazer uma edição dos livros com as respostas, me recusei porque isso iria de encontro à filosofia do trabalho que objetivava a personalização das respostas como conseqüências de pesquisas individuais.
Os alunos que participaram desse trabalho aprenderam mesmo. Hoje tenho um exemplar preenchido e valioso de um aluno, Pedro Molina, que os levou consigo até Madri e há pouco me mandou como presente.
E algo interessante quanto a esse trabalho: a capa que escolhi para cada “caderno” foi tirada da Biblioteca Científica Life volume “A Célula” e representa a molécula de DNA. Isso foi em 1972, quando DNA era conhecido apenas nos meios científicos e não tinha a visibilidade que tem hoje.
Tenho um volume completo de todos os “cadernos” que me foi oferecida pelo diretor da Campos Salles, Prof. Augusto Guzzo, por ocasião da minha aposentadoria. Depois, 20 anos de outras atividades trabalhando agora com Memórias, aproveito o muito que aprendi como professora.
.Foi preciso que ex-alunos me escrevessem lembrando-me das minhas corridas de baratas, criações de bicho de seda, estudos de formigueiros e minhocários, observação continuada de caramujos, cobras que comiam outras, dessecação de sapos, estágios em maternidades, atividades praticas de puericultura, etc. etc. etc.
A criação de bicho da seda que propus aos alunos foi algo que movimentou a comunidade. Foram mais de mil larvas alimentadas, foram todas as amoreiras do bairro desfolhadas, centenas de casulos espalhados pela sala, milhares de metros de fios enrolados e algumas peças tecidas em tricô ou crochê como os fios de bichos da seda criados pelos alunos.
Criamos e cuidamos de Limneias (caramujo) comuns em hortas de alface e conseguimos observar por várias semanas o seu comportamento, alimentação, reações...
Criamos cobras para observar sua alimentação, colocamos sapos na sua “casa” de vidro e a surpresa foi que uma delas desdenhou seu alimento natural, o sapo, para comer a outra cobra. Em uma manhã, em vez de duas cobras encontramos uma só, com o rabo da outra ainda na boca.
Observamos protozoários ao microscópio, desenhamos e estudamos vermes, dissecamos minhocas causando surpresa ao encontrarem tanta coisa onde só esperavam terra. Observamos baratas em suas corridas atraídas por alimentos.
Um estágio em uma maternidade deu às alunas do curso Normal subsídios para seus dias futuros e também fez aflorar o sentimento de solidariedade com mães carentes e seus filhos recém natos.
E muitas, muitas coisas interessantes.
Mas, atingi o auge da minha carreira profissional ao elaborar um método próprio de ensinar Ciências. Era um trabalho dinâmico, um misto de estudo dirigido, pesquisas bibliográficas, experiências, discussões, organização metodológica, auto e hetero avaliações.
Eu o denominei “Programação Dinâmica de Estudos para Ciências” e tinha como lema uma frase de Roger Cousinet “Quanto menos se é ensinado mais se aprende; porque, ser ensinado é receber informações e aprender é procurá-las”.
Tinha toda uma fundamentação didática elaborada pela colega Arlete Pizão e foi impressa pelo Colégio Campos Salles. Tenho até direitos autorais do MEC sobre elas.
Só foi usada por mim porque tinha como pré-requisitos salas especiais de trabalho, biblioteca e materiais específicos. Quando me propuseram fazer uma edição dos livros com as respostas, me recusei porque isso iria de encontro à filosofia do trabalho que objetivava a personalização das respostas como conseqüências de pesquisas individuais.
Os alunos que participaram desse trabalho aprenderam mesmo. Hoje tenho um exemplar preenchido e valioso de um aluno, Pedro Molina, que os levou consigo até Madri e há pouco me mandou como presente.
E algo interessante quanto a esse trabalho: a capa que escolhi para cada “caderno” foi tirada da Biblioteca Científica Life volume “A Célula” e representa a molécula de DNA. Isso foi em 1972, quando DNA era conhecido apenas nos meios científicos e não tinha a visibilidade que tem hoje.
Tenho um volume completo de todos os “cadernos” que me foi oferecida pelo diretor da Campos Salles, Prof. Augusto Guzzo, por ocasião da minha aposentadoria. Depois, 20 anos de outras atividades trabalhando agora com Memórias, aproveito o muito que aprendi como professora.
Obs.: Vovó Neuza participou do Programa Manhã Gazeta dia 27 de outubro de 2010. O endereço do seu blog é http://www.vovoneuza.blogspot.com. Vale a pena conferir! Ela é 'tudo de bom'!!!
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